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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O pacato na cidade grande

Surpreende-me a facilidade que muitos homens e mulheres de cidades de interior se tornam bem sucedidos em grandes cidades. É comum que em biografias de grandes personagens da história e da atualidade esteja escrito "natural do interior de...". O homem e a mulher do campo, do interior, vivem a vida na maior simplicidade possível. Sabe por quê? Porque a vida é assim, simples! Nós é que a complicamos.

É muito simples, por exemplo, para alguém que vem do interior, arrumar um emprego. Não estou generalizando, pois isso depende também da determinação e do caráter de cada um. Mas tenho uma grande amiga, que veio de Paracatu-MG e se encontra muito bem hoje. Há cinco anos no Distrito Federal, ela chegou aqui com a cara e a coragem de alguém que sonhava cursar Jornalismo. Chegou numa empresa conhecida aqui no DF, no ramo automotivo, e perguntou se não estavam precisando de alguém para trabalhar, pois era recém chegada à cidade e não conhecia nada nem ninguém muito bem. Entregou seu currículo e, pouco tempo depois, foi chamada. Nessa empresa, ficou até um dia desses, quando recebeu outra proposta melhor.

É isso! Para quem vem do interior, é natural conversar com o prefeito, o delegado, o vereador de sua cidade. Com a mesma naturalidade ele chega à "cidade grande" e fala com quem for preciso para alcançar o seu objetivo. Não existe protocolo ou burocracia para essas pessoas. Assim deveria ser tudo!

Hoje, existem consultores de emprego que, detalhadamente, orientam candidatos a uma determinada vaga a dizer isso ou não dizer aquilo, a ir com essa ou aquela roupa, usar essa ou aquela palavra... Sendo que às vezes, o empregador quer apenas alguém sincero, que seja determinado com seus objetivos e que queira trabalhar.

Este perfil de "gente do interior" me fez pensar um pouco mais sobre uma das coisas que considero mais importantes na vida: a comunicação. Pra que complicar, usar palavras difíceis e bonitas, pra se dizer algo simples? Simplicidade é uma virtude. Acredito que é muito mais fácil escrever numa linguagem simples a escrever difícil, bonito. Falar simplesmente o que é pra ser dito a enfeitar discursos com adjetivos ou dar mil voltas pra se dizer algo.

É isso. Simplicidade é a palavra! É como as coisas devem ser. Simples, apenas simples! Como as crianças, digamos assim. Fica até mais fácil tocar a vida...

Um comentário:

  1. Simples assim,como nós duas,ainda crianças,olhando estrelas ou adivinhando qual seria a cor do peixe quando ele movimentasse o rabo(lembra disso?)

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